Desde o início da produção da série “Assassin’s Creed”, a Ubisoft apostou todas as suas fichas nele. O primeiro título lançado tinha vários pontos extremamente curiosos, inovadores e divertidos. Porém, a história do assassino Altair foi seriamente abalada pela presença de muitos bugs e uma jogabilidade que se tornava chata com o tempo.
Passaram-se dois anos e a Ubisoft novamente apostou na série. Mas, desta vez, a aposta foi ganha: “Assassin’s Creed 2” é um dos melhores jogos lançados em 2009. As cidades ficaram mais estruturadas, há mais localidades, inúmeras missões, novos golpes, armas, itens e toda uma narrativa renovada. E, junto a esses atributos, o segundo título da franquia oferece a narrativa da vida de Ezio Auditore de Firenze, que tem ligação ancestral com Altair e também Desmond, o protagonista da série.
Eis então que “Brotherhood” é lançado no final de 2010. A primeira pergunta em relação a ele é: será que um novo game de tamanha qualidade pode ser produzido no intervalo de apenas um ano? A resposta é não. Mas calma! Isso não significa que o jogo seja ruim.
“Brotherhood” conta com quase todos os elementos de “Assassin’s Creed 2”: a movimentação do personagem é igual, os gráficos são iguais e os itens são praticamente os mesmos. As novidades ficaram por conta de alguns itens (agora é possível, por exemplo, se armar com uma besta), novas missões e toda uma cidade de Roma repaginada.
Tudo começa quando Ezio está tranquilo e pronto para se tornar o cara mais famoso e querido de sua vila. Porém, Cesare Borgia – o filho do Papa – simplesmente ataca com todos os seus exércitos o pacato local e transforma tudo em ruínas. Com isso, nosso protagonista se vê em sua atividade predileta: buscar vingança. O resultado é um jogo que parece mais um DLC do que um novo título. A parte legal é que toda a magia de encarnar um assassino e participar de uma sociedade secreta continua sendo muito divertido.
“Brotherhood” traz também uma importante benfeitoria à série: o multiplayer. Neste modo, você tem como objetivo assassinar outros jogadores - o que transforma você também em alvo. Isso faz com que o desafio fique muito maior e cada jogador bole sua estratégia para sobreviver. Vale tudo o que foi aprendido na campanha para um jogador: esconder-se em locais escuros, amontoar-se na multidão ou simplesmente ficar alerta para qualquer contra-ataque.
Os modos de jogo oferecem companhia online tanto de personagens controlados pelo computador quanto por outros jogadores como você. A graça também está na partida em equipes. Quando se tem um time, é possível conversar por meio de headset e bolar estratégias infalíveis contra os inimigos. É mais ou menos como seguir um grupo de oponentes, enquanto outro membro do time os acompanha pelos telhados e o resto se prepara para surpreendê-los em um ataque pelas laterais.
Mesmo assim, nada é perfeito. Os objetivos do multiplayer são meio confusos e você terá de apanhar um pouco para descobrir como jogar de forma correta.
“Assassin’s Creed Brotherhood” é um game extremamente divertido, que faz jus à cultuada série. Mesmo com poucas mudanças, ele ainda oferece opções a mais que dão um gás maior à diversão. Nossa suspeita é que muito em breve seja anunciado um “Assassin’s Creed 3”, com outro protagonista e um novo pano de fundo. De qualquer forma, enquanto Desmond usa uma máquina chamada Animus para reviver as memórias de seu ancestral Ezio, a Ubisoft usa “Brotherhood” para nos lembrar do gameplay de “Assassin’s Creed 2”.
Melhor: Um novo Assassin’s Creed... | Pior: ...Mas não tão novo assim