“Tron” é um marco nos cinemas. O filme da Walt Disney foi o primeiro a realmente usar de uma forma abrangente a computação gráfica em uma obra cinematográfica.
Isso foi lá em 1982. Passaram-se 28 anos e a Disney resolveu que estava na hora de lançar um novo filme baseado nessa ideia incrível. Nada mais justo, uma vez que estamos na era do software e dos videogames. E “Tron” fala especificamente deste universo, pois tudo se passa dentro de um mundo virtual e digital.
Acontece que entre um filme e outro, uma lacuna de 20 anos se passou. Para contar o que aconteceu no meio tempo, a Disney lançou um game chamado “Tron: Evolution”. O que torna tudo mais interativo, já que você pode começar assistindo o filme antigo, para depois passar ao jogo e terminar a “saga” com “Tron: Legacy”, quelogo mais poderá ser conferido em DVD.
A parte ruim é que o novo game não é tão divertido quanto os outros produtos. Funciona de uma forma simples e um tanto repetitiva. A jogabilidade segue a premissa básica de jogos como “Prince of Persia”: você tem que correr pelas paredes, saltar por plataformas e encontrar um bando de inimigos à frente para derrotá-los. Em meio a um grupo e outro, há um chefe que tornam as coisas um pouco mais difíceis.
A arma escolhida para o jogo é uma espécie de disco bumerangue que pode ser lançado nos inimigos ou utilizado em combates corpo-a-corpo. Tanto você quanto os inimigos possuem esse aparato, que faz o jogo mais parecer uma brincadeira de criança do que um produto de entretenimento para todas as idades.
Sua missão é acabar com o vírus que tomou conta do mundo virtual de "Tron". Portanto, a ideia é desenvolver o seu personagem e atualizá-lo com softwares mais recentes para detonar os inimigos.
Claro, isso é só um modo “moderno” de falar sobre experiência adquirida – que aqui é feita em megabytes - e a compra de novos combos e itens para o personagem. Além disso, há veículos para pilotar. Seria diferente e inovador para o game se eles não contassem com um controle horrível. Os controles dos veículos certamente darão um jeito de você achar o jogo difícil em determinados momentos. A dica que temos é: cuidado nas curvas.
Uma coisa que não podemos reclamar é o visual. Todos os cenários abusam das luzes de neon, sombras detalhadas e bons efeitos de luz. Fora a animação do personagem, que conta com pulos e acrobacias muitíssimo bem estruturadas.
“Tron” se revela um jogo mediano. Seus pontos positivos estão na mesma medida que os negativos. Por um lado, o visual é muito legal e a jogabilidade pode ser promissora em alguns aspectos. Porém, a repetição e a indução de erros dentro dos veículos e em determinadas acrobacias torna o game bastante enjoativo em pouco tempo.
Melhor: Um belo visual | Pior: Nada inovador, e muito repetitivo